terça-feira, 8 de abril de 2008



Passarinho Emílio: Não é que eles conseguiram?

Passarinho Daniel: Eles seguiram.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Uma oração

Oi, meu Amigo!

Que coisa boa viver cada dia a Te observar.
A ser amada por Ti... E Te amar!
Como não falar Contigo e de Ti?
De Todos os Teus Tis?

Me recusei a receber uma religião pronta.
Preferi criar uma minha. Mas, como dizem todas,
não estou sozinha.
É tão fácil e tão bom Te sentir!

Te vejo nos rostos das pessoas na rua...
... nas luzes, miniaturas.
Te ouço nos barulhos e nas vozes.
Até nas que pronunciam os Teus nomes!

Não Te compreendo nem um pouco.
Mas me fascino por todas as Tuas pistas.
Não preciso Te compreender para Te amar.
Mas adoro pensar sobre Ti.

Não compreendo quem não Te vê, mas respeito.
Não compreendo quem Te impõe aos outros, acho feio.
... Mas não deixo de me fascinar do mesmo jeito.

Que a minha pintura seja uma oração.
Que as minhas atitudes todas também.
Que eu possa dançar a Tua canção. E Te dizer Amém.

Fernanda Rodante

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Uma biografia poética...

Dizem que quando Ele fecha uma porta, abre uma janela.
No meu mundo de tintas misturadas, Ele tirou o chão e abriu o teto,
de onde caiu um pincel.
Como quem pega uma varinha, dada pela mãe madrinha,
comecei a apontar aqui e ali.
Risco vai, risco vem, ainda estou viva.
Vivi um ano inteiro de criações solitárias
e encontrei o “meu Pensa”...
Saudoso primeiro professor, fumou e ensinou.
Literalmente me adotou.
À minha casa muito engraçada, que não tinha teto nem nada,
trouxe técnica, forma e terra de siena queimada.
Jorge Franco, o segundo mentor dessa busca,
cobriu as formas com tinta carregada,
quase sólida, robusta.
Á minha casa muito engraçada, levou música cubana,
muita cor e mulher pelada.
FANG veio em seguida, dando rumo a essa vida.
À minha casa engraçada deu leve visitada,
me arrancou num parto Tao
pondo no mundo uma artista com pincel, cimento e cal.
Virei pedreira, bailarina, equilibrista, cubista.
Construo nova morada, para meus patos, cataventos,
Minha vida voada.