segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Ela é arrebatadora.

Sua passagem não deixa as pedras no lugar.

Ela é a certeza que anda acompanhada do medo...
A certeza que vem acompanhada da incerteza.
E de infinitas perguntas.
Quem é ela?
Como ela é?
Por que ela?
Por que aqui?

Curiosamente, pensar nela me faz sentir a vida.
Me obriga a aproveitar os momentos passantes...
E a correr para deixar algo construído
Sem tijolos
Correntes que não têm peso;
Pontes que não se pisam;

Laços sem tecido.

Antes dela me levar
Nesse mundo estou a girar - criando pegadas de todas as qualidades!
Algumas mais perenes
Outras menos.
De algumas me orgulho, de outras me arrependo.

Mas são as minhas marcas, as pistas da minha passagem.
A prova da minha coragem.

Esse ano ela flertou comigo
E conheci melhor os meus amigos.

Cada um deles na sua corrida, talvez perguntando, talvez apenas passando.
Atravessam os dias, gastam os dias...

Gastamos os dias!

Mas, se pensarmos nela com cuidado

Não conseguiremos deixar 
para os momentos de amanhã 
o que podemos fazer nesse dia solitário...

E não falo de trabalhos burocráticos, arrumações ou construções com tijolos!

Falo de palavras, atos, gestos...
Perdão e perguntas;


Laços sem tecido.